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TEMPO

TEMPO Súbito é o passar do tempo que nunca chega a trazer nada de novo . Envelhecendo teus ais e ferindo com marcas do tempo.

RARO LIDO

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Raro lido em livro findo que nem rindo mexerico Vale a pena no tinteiro derramar Força Caixa entupida de gente onde ouço vozes escassas num abafado estalar Gritos contidos dos que ousam pensar Esmagador vácuo onde imaginam que vivem Hora enganam-se Submersos pesar existir Engano de vida trolada Que assim sonham viver Nesta caixa lotada de gente meu coração sangra só Como se atolada sufoca-me o entrelaçar de viver que seria conviver Imóvel morro sufocada pela cegueira alheia Correntes de ar hiperventilam matam a sufocar “Desoxigenamento” cerebral “Amputamento” venoso Torrentes de ar Não respiro Apneia Durmo no escuro

ENGASGO

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trago gole cuspido de café sem tomada  amargo olhar engolindo desejo seco  amarroto sorriso aliso rugas revistas  com alma enternecida trago um rumo  sem rio  saboreio não desfruto abro portas  passo luz deixo abertas finas frestas  visto vergonha engomada de pouca fé  no armário  goma endurecida vidro via cristal  toco troco comprado repasso dinheiro  gasto  apanho bagagem quebrada seco fio a fio  desentender a noite passar no trilho liso  esperar o fim da via desconhecer-te  ~~——//\O 26.05.2018

CLARABOIA

  Conto Claraboia Carregava no olhar o que não poderia arrastar com o corpo. A alma pesada já não tinha o  aroma de Lima . Emergiu das dunas de terra e percorreu um terreno vasto e solitário à procura do local do encontro. À sua volta, um amontoado de pedras, num entrelaçar de teias e lápides. Era noite, sem lua ou brilho. Cabisbaixa, seguia arrastando as folhas secas do chão, agora mais leve de culpa e medo. Há décadas, o tempo não existe, apenas um entretempo. Os pássaros voam descompassadamente, de um lado para o outro. Deitada, Joana é coberta por um  lençol de areia , feito colcha de retalhos, que ela leva até os olhos, como costumava fazer com os  lençóis de linho branco  em seu antigo leito. Levanta-se com lentidão, como se tivesse criado raízes deixando pedaços de terra e lama para trás. Um rosto sem visco, incapaz de enxergar o caminho, rasteja lentamente, absorto. Há um precipício repleto de pássaros. Pedro! Pedro! O espaço parece estrondar. Com o rost...

QUASE

                                 03/05/2019, 12:58:00                             trago a certeza de que o corpo                                        precisa voar                                       um pássaro e um canto                                   um passo, uma queda                               uma queda e um provável voo              ...

ACALENTO

                          Queria levar algo que possível fosse retratar saudade em aprendizado  uma acolhida querida que agora doía, de onde não arrastasse quaisquer enganos Com olhos abertos e um coração, reflito Olhos úmidos, revistos em paz contigo Rasgo o olhar para sanar um sentido acalentando o futuro em colo firme Pés molhados em chão agora rachado ressecado de sobras de alguns pesares A tristeza pisa na dureza das vidas e segue fraca, com passos calados ventre adentro, o tempo procura seguir arrasta-se em acalento.

RAROS GRÃOS

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Raros grãos Feitos pedregulhos em meio a tantos outros, desagregam-se em grãos. No passar do tempo, adoecem na dureza das escuras pedras. Alguns raros grãos, unindo-se a outros contra a força do vento, tentam impedir uma necrose mental. Tantos grãos partiram ainda mais aos céus; outros desfalecem como pedregulhos em átomos, invadidos pela ignorância regente da maestria, aos cacos, em pó. Então vemos a civilização decompor-se, esfarelar-se, esvaecer, desaparecer. Enquanto alguns grãos lutam insistentemente, apesar do caos, e de uma luz que ainda reflete.

TAIS ANJOS PERTURBADOS

Tais Anjos Perturbados Há almas inquietas que jamais carregam paz. Sorriem com falsidade polida, iluminadas por luz opaca — crentes de que fazem o bem,  sem notar o mal que escorre de suas próprias  mãos. Tolos tristes, presos a carmas antigos,  tentando convencer-se de virtudes que não  possuem. Prestes a cair, exercem maldades miudas,  sem saber que o que destroem primeiro é o que há dentro delas. Vi anjos berrando como crianças,  outros silenciando por medo de negar. Luz e trevas convivem sob o mesmo teto —  anjos e demônios, eu e vocês,  à beira do mesmo abismo. E ainda assim, resta-me o voo azul. Um voo de paz. As almas irrequietas não compreendem  que a simplicidade é a revolução mais alta. Sorriem sem perceber que já perderam a salvação. E os que ainda veem... fiingem desconhecer.  Perdoai-vos, mesmos, Senhor

QUASE

                                 Quase             trago a certeza de que o corpo             precisa voar              um pássaro e um canto,             um passo, uma queda,             uma queda e um provável voo.             Há um pássaro e um canto,             assustado em passo e em queda,             esperada queda e o instante:             voo de um provável abismo.             Há um pássaro de duras penas,             várias asas, várias quedas,             voos e outras quedas.             Duras penas, v...
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ENDOVENOSO

ENDOVENOSO Bolsa, tecnologia, batom e alguma sabedoria high-tech. Creem nesta vertente? Cabe pior na pia que nos acorrenta desde a cria. Sonhos virtuais  e a violência caminha real. Temos maçã, água tônica, fitness, massa cinzenta em escasso conduto; tamanho esforço muscular e pouco compreender. Na labuta diária, na batalha do ganha-pão, suor e hipocrisia. Não caberia outra via, vida, se não houver, nesta lida, compreensão, amor, calmaria, bom senso. Julgo equivocado. Em toda via, uma veia  gama  fatidicamente jugular?

Velas Halloween

HALLOWEEN

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voandoazul

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www.voandoazul.com

VIDA DE MARIA

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O vídeo, vida de Maria, um curta - metragem com direção de Marcio Ramos, retrata a vida do sertão, sem governo que proporcione melhores perspectivas de vida para as pessoas. Precisam trabalhar para sobreviver nesta luta incessante, onde a educação não pode ser prioridade. Seria a vida de todas as Marias, sempre sofrida, com o mesmo trabalho de geração a geração,  sem direito a nada, a não ser a espera da morte neste ciclo. No filme desde a música  que ouvimos ao socar no pilão, temos  o ritmo de uma vida massacrada, com olhar vago no tempo, pois não há futuro, esperanças, nem sonhos. Nesse tempo marcado do descaso passa-se a pensar até quando isso continuará, ou quando poderá surgir um comportamento contrário capaz de gerar mudanças? Por eusoujosy        Ruth

RESENHA DO FILME “ESCRITORES DA LIBERDADE”

Através da sensibilidade e conhecimento de uma professora ao utilizar métodos inovadores para o ensino, tanto na escrita quanto na leitura direcionada, a narrativa mostra o modo como ocorre a melhoria do aprendizado escolar, do convívio social e do entendimento entre as pessoas. A professora lida com uma turma de alunos que vivem em um contexto social violento e que enfrenta preconceitos diversos (racismo, intolerância religiosa, xenofobia etc). Com métodos de aprendizagem estimulantes e humanizadores, que operam tanto na escrita desses alunos, que contam seus problemas, quanto na abordagem da leitura, os alunos passam a conviver melhor uns com os outros, já que a aprendizagem amplia suas visões de mundo. De Richard LaGravanese, “Escritores da liberdade” (2007) mostra a luta entre gangues formadas por pessoas que possuem vários tipos de preconceitos e a consequente violência crescente em função desses desajustes. Além disso, a falta de autoconfiança por parte dos alunos leva-os a desa...

"MULHERES DE ATHENAS” - comentário.

Análise de “Mulheres de Athenas” (1976), de Chico Buarque e Augusto Boal Em “Mulheres de Athenas” (1976), composição de Chico Buarque e Augusto Boal, a submissão da mulher ao homem escrita em todos os versos. “Mirem-se no exemplo... Daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos Orgulho e raça de Athenas” Como nos tempos de hoje ainda há mulheres que são submissas, indiferentes às lutas de gênero e feminismo, acredito que a análise da referida música pode trazer uma reflexão importante. A letra da música fala sobre mulheres do lar, sem desejos, que esperam por seus maridos, aceitam traição, não sonham, têm seus medos, são conformadas, não possuem desejos, aceitam sem reclamar e, justamente por isso, secam, ou melhor, morrem de todas as formas, pois não há vida onde não existe liberdade para viver. O machismo e a submissão das mulheres estão presentes em nossa cultura em todos os tempos. A letra trata dessa triste maneira de viver, em plena vida de renúncias por obrigação...

PROFESSORA MARCANTE

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Em 1970 até 1980,   quando estudei o s professores   eram rígidos, bem diferente dos atuais, pois não havia: diálogo, nem motivação. Existia um momento politico repressor, a “ditadura” dos anos 70. Alguns mestres chegavam a agredir atirando algo em cima dos alunos , ou humilhá-los com castigos. Somente ao chegar ao ensino fundamental, chamado na época científico, tive Antonieta como  professora de Literatura responsável pelo meu primeiro contato com os livros, surgindo o gosto pela leitura e literatura. Depois de apresentado esse universo não tinha como não gostar da disciplina e viajar nos livros. Atualmente a comunicação é mais leve, o professor não é um Deus ou autoridade em sala de aula, não está para intimidar, ou somente para passar conhecimento, mas principalmente motivar, promover inclusão social, interação com o aluno, família, comunidade, enfim, há uma troca.    O momento politico talvez não seja um dos melhores, mas já é outro  difere...

Azul

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Dias azuis!

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Nem tudo é sol e mar.

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Floresta refletida.

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Voando-azul-sorrindo

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kaiowas - sepultura (acoustic live).

“A tribo Kaiowas na floresta tropical sul-americano cometeu um suicídio em massa para atrair atenção para sua alegação de que seu governo foi tirar as suas terras. Seus esforços com sucesso atraiu enorme atenção nacional e internacional para sua causa.” ...